Nativas sem Ferrão

O Projeto Jardins das abelhas sem ferrão tem como objetivos principais analisar e monitorar a saúde das abelhas nativas sem ferrão como indicadora de qualidade ambiental em zona urbana.

Espécies de abelhas sem ferrão utilizadas no projeto.

Características das Abelhas

NOME CIENTÍFICO
Tetragona clavipes
NOME POPULAR
Borá
A abelha Borá é da família dos meliponídeos, original do Tupi Heborá, que significa: o que há de ter mel. Também conhecida como Jataizão. Ela é uma abelha defensiva e muito agressiva e ataca quem se aproxima dos seus ninhos, mordiscando a pele e enrolando nos cabelos. Seu enxame tem aproximadamente de 7 a 10 mil indivíduos. Seu mel é muito utilizado na culinária brasileira. A Borá é encontrada em vários estados brasileiros: Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e em São Paulo.
AMBIENTE
Urbano / Rural
COMPORTAMENTO
Muito agressiva
MEL
Gosto acentuado, é agridoce
MORFOLOGIA
Corpo alongado, com coloração marrom-escura e olhos verdes
POLINIZAÇÃO
-
RISCO
Não oferece risco à população
TAMANHO
As operárias medem de 6 a 8 mm
VÔO
Média de 1,5 Km
NOME CIENTÍFICO
Nannotrigona testaceicornes
NOME POPULAR
Iraí
Abelha de temperamento dócil e de fácil manejo. Ela tem o trabalho de fechar a entrada de seu ninho a noite e abri-lo de manhã. A origem do seu nome, vem do Tupi e significa Ira: (abelha, mel, rio) O rio do Mel, o Rio Doce, e pertence à família dos Trigonini. Ela é também chamada de camuengo, jataí-mosquito, jataí-preta, jati-preta, mombuca, mumbuca, mumbuquinha, tuiú-mirim e tujumirim. Sua população gira em torno de 2.000 a 3.000 indivíduos. Seus ninhos geralmente são feitos em ocos de árvores, muros de pedra, tijolos vazados. Por isso ela é encontrada com facilidade nas regiões urbanas.
AMBIENTE
Urbano / Rural
COMPORTAMENTO
Mansa
MEL
Sabor diferenciado, mas pouca quantidade
MORFOLOGIA
De cor preta, conta com pilosidade grisalha e asas esfumaçadas no terço apical - ponta das asas
POLINIZAÇÃO
-
RISCO
Não oferece risco à população
TAMANHO
4 mm
VÔO
Até 1 Km
NOME CIENTÍFICO
Tetragonisca angustula
NOME POPULAR
Jataí
A abelha Jataí é uma das espécies mais cultivadas pelos meliponicultores por ser mansa e de fácil manejo. Ela é encontrada em todo o Brasil e países da América do Sul e em alguns países da América Central. A Jataí pode ser encontrada em seu habitat natural e também nas cidades. Por ser uma abelha rústica, seus ninhos podem ser encontrados em ocos de árvores, postes, paredes, beirais de telhados, caixas de luz, e no meio rural abriga-se em árvores ou espaços escondidos. População de 5 mil indivíduos. O mel da abelha Jataí é bastante saboroso e suave, além de suas inúmeras propriedades medicinais, como fortificante e anti-inflamatório.
AMBIENTE
Urbano / Rural
COMPORTAMENTO
Mansa
MEL
Suave e muito saboroso
MORFOLOGIA
Corpo amarelo e corbículas pretas
POLINIZAÇÃO
-
RISCO
Não oferece risco à população
TAMANHO
5 mm
VÔO
1 Km
NOME CIENTÍFICO
Scaptotrigona postica
NOME POPULAR
Mandaguari
As abelhas Mandaguari é uma espécie muito defensiva e pertence ao grupo das Trigonas. Ela costuma atacar quando se sente ameaçada, principalmente quando se aproximam de sua colmeia, mordiscando a pele e enrolando nos cabelos de suas vítimas, soltando um grude. Ela costuma fazer seus ninhos em ocos de árvores e buracos de muros. A Mandaguari constrói um canudo na entrada de sua colmeia e não fecha o ninho a noite. Sua população vai de 2.000 mil a 50.000 mil indivíduos. Ela é uma abelha pequena e produz grande quantidade de mel. Ele é conhecido pelas propriedades medicinais e ação antibacteriana.
AMBIENTE
Urbano / Rural
COMPORTAMENTO
Muito defensiva
MEL
Suave e com propriedades medicinais
MORFOLOGIA
Corpo cinza com amarelo escuro e olhos pretos
POLINIZAÇÃO
-
RISCO
Não oferece risco à população
TAMANHO
6 mm
VÔO
1 Km
NOME CIENTÍFICO
Plebeia droryana
NOME POPULAR
Mirim Droryana
A abelha Mirim Droryana é uma abelha rústica e muito resistente. Ela constrói seus ninhos em ocos de árvores, buracos de muros e rochas. Ela constrói um tubo de cerúmen na entrada de sua colônia e não fecha a noite para dormir. Sua população é pequena e vai de 2.000 a 5.000 mil indivíduos. A Mirim Droryana é encontrada nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Ela é também conhecida como Abelha-Mosquito, Jataí-Mosquito, Jataí Preta, Jati e Jati-Preta. Para a criação de lavas, a Mirim Droryana constrói favos de cria horizontais.
AMBIENTE
Urbano / Rural
COMPORTAMENTO
Mansa
MEL
Saboroso, mas em pouca quantidade
MORFOLOGIA
Coloração escura, pernas amareladas e mancha amarela na cabeça
POLINIZAÇÃO
-
RISCO
Não oferece risco à população
TAMANHO
3 mm
VÔO
No máximo 550 metros
NOME CIENTÍFICO
Scaptotrigona bipunctata
NOME POPULAR
Tubuna
A abelha Tubuna é também conhecida como Mandaguari Tubuna e pertence a tribo das Trigonas. Ela é uma espécie bastante agressiva e quando incomodada, ataca mordiscando a pele e enrolando nos cabelos de suas vítimas, soltando um grude. A Tubuna constrói seus ninhos em ocos de árvores e barrancos, fazendo um funil na entrada de sua colônia. Sua população é de 2.000 a 3.000 indivíduos. Ela é encontrada nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná e em Santa Catarina. O mel da Tubuna é ideal para finalizar os pratos doces ou acompanhar em saladas.
AMBIENTE
Urbano / Rural
COMPORTAMENTO
Muito agressiva
MEL
Sabor acentuado, mas é agridoce
MORFOLOGIA
Coloração negra e brilhante, asas e abdómen negros
POLINIZAÇÃO
-
RISCO
Não oferece risco à população
TAMANHO
3 mm
VÔO
1 Km

Conheça o Projeto

Jardins das Abelhas

A gestão deste programa é feita pela Sema - Secretaria Municipal de Meio ambiente.

O Projeto Jardins das abelhas sem ferrão teve como objetivos principais analisar e monitorar a saúde das abelhas nativas sem ferrão como indicadora de qualidade ambiental em zona urbana.

Este projeto foi executado com recursos do ProVerde, programa de incentivo ao verde, que visa apoiar e incentivar os projetos ambientais ligados à conservação do meio ambiente, ou seja, às boas práticas ambientais.

A gestão deste programa foi feita pela Sema – Secretaria Municipal de Meio ambiente de Londrina.

O projeto Jardins das abelhas implantou 20 caixas colônias devidamente sinalizadas, mais duas de abelhas solitárias, que foram monitoradas e acompanhadas, desde a sua implantação até a execução do projeto, visando o desenvolvimento da colônia, sua saúde, perdas e reservas alimentares.

Com as informações coletadas faremos um diagnóstico que nos permitirá avaliar a situação do entorno em que as caixas colônias foram implantadas.

Foi feita uma pesquisa de campo com a finalidade de cadastrar os meliponicultores profissionais e amadores, bem como as espécies de abelhas nativas criadas no município de Londrina.

Foi realizado também um treinamento, workshop, para habilitar os agentes públicos no manejo e monitoramento, além de realizar atividades educativas em 4 escolas municipais de Londrina. É importante destacar que a educação ambiental buscou densenvolver a consciência ética e cidadã sobre o meio ambiente e incentivar a sustentabilidade, com o objetivo de capacitar alunos e professores a identificarem as espécies de abelhas nativas sem ferrão e sua importância para o bioma local.

Sobre a Implantação das caixas:

Estava previsto no projeto a instalação de vinte caixas colônias de abelhas nativas sem ferrão e mais duas de abelhas solitárias, que foram implantadas em 4 locais diferentes em Londrina: 

No Parque Arthur Thomas, na Prefeitura de Londrina, no Ginásio de Esportes Moringão, e na sede da Guarda Municipal. 

Foram implementados seis tipos de abelhas sem ferrão do nosso bioma local, tais como: Borá, Iraí, Jataí, Mandaguari, Mirim Droryana e Tubuna.

Foi definido o corredor do Parque linear do Cambezinho, entre a região do Parque Arthur Thomas, até a região do Aterro, na região sul, como fundamental para a implantação das caixas colônias, uma vez que as abelhas podem chegar, em média, a um 1 km e meio de voo.

Após o término do projeto, todas as caixas colônias implantadas serão repassadas ao poder público e farão parte do patrimônio do município de Londrina, que por meio de agentes públicos ficará responsável pela manutenção delas.

Importante ressaltar que este projeto é piloto, e que Londrina está sendo pioneira no que se refere à utilização das abelhas nativas sem ferrão como indicador de qualidade ambiental em zona urbana. Aproveitamos para agradecer a todos os atores envolvidos no projeto Jardins das abelhas: poder público, sociedade civil organizada, população, parceiros, pesquisadores, fornecedores e, principalmente, a Prefeitura Municipal de Londrina, por meio da Sema – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e o ProVerde – Programa de incentivo ao Verde, o Consemma – Conselho Municipal de Meio Ambiente de Londrina e UEL – Universidade Estadual de Londrina. Foi uma experiência incrível!

PATROCÍNIO:
APOIO:
PARCEIROS:
AGRADECIMENTOS:

Agradecemos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) - T.O. 959/2022.

Ao fotógrafo Felipe Fraga por ceder as fotos das abelhas.

Edição de texto e revisão final: jornalista Osmani Costa

Ao fotógrafo Wilson Vieira por ceder as fotos de Londrina e região

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